domingo, 17 de novembro de 2013

Almoços de domingo





Hoje me deu vontade de escrever sobre "os almoços de domingo"

Antigamente, os almoços de domingo, eram regados de muita macarrão, maionese e frango,que apelidei de "trio calafrio", mas, mais do que isso, os almoços de domingo eram regados de crianças correndo pela casa, da cozinha para a sala, da sala para a cozinha,fazendo barulho, gritando, brincando, sorrindo.
Almoços de domingo eram sinônimos de alegria!
Me lembro das crianças, jogando as almofadas do sofá dos avós pelo chão, fazendo cabaninhas, onde brincavam felizes.
Da sala grande onde meu pai passava , de vez em quando e olhava feio para aquele cinzeiro enorme, cheio de cinzas e, imediatamente o colocava no terraço, até chegar um ou outro irmão e levá-lo novamente para a sala.
A mesa era grande, cabia as crianças, os adultos e eu. Minha mãe sempre era a última a sentar, sob os protestos do meu pai.
Era criança se lambuzando de macarrão, derrubando refrigerante no chão. Era adulto falando de uma diversidade de assuntos, cada qual com suas idéias e planos. Era meus irmãos mais velhos, tentando inventar alguma coisa inédita para ganhar mais dinheiro.
Os almoços de domingo eram bons.
Às vezes, na minha adolescência eu tentava escapar desse evento, imaginando , na minha inocência, que esses almoços de domingo jamais teriam fim. Ledo engano!
Acabaram aquelas crianças e , os almoços de domingo se resumiu em apenas quatro pessoas, eu , meus pais e meu filho.
De vez em quando, alguém aparecia para passar o final de semana. Ah!! aí era festa, o almoço de domingo ficava mais feliz, seis ou mais pessoas, em volta da mesa, as crianças crescidas, mas ainda, o meu pequeno participando da festa.
Com o passar do tempo, os almoços de domingo, foram se resumindo a cada dia.
Hoje , o almoço de domingo, se resume em um pão com qualquer coisa, sentada na sala, vendo algo na TV e, às vezes, relembrando daqueles almoços de domingo, barulhentos, felizes, com risos e choros de criança.
Os almoços de domingo acabam e deles, só resta a saudade.

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