sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Porque choro








Eu choro porque a noite chega
e a solidão machuca
e as lágrimas
insistem em sair dos meus olhos
e escorrer pelo meu rosto
porque a tristeza bate na minha porta
e me faz transformá-la em lágrimas
doloridas e sofridas
eu choro porque a mágoa
do meu ser
se transforma em lágrimas
que insistem em brotar
em meus olhos e rolar pela minha face
eu choro, porque a agonia
insiste em enroscar em minha garganta
e se transformar em lágrimas
que rolam de meus olhos
e enxarcam o meu rosto
eu choro porque os dias não passam
porque as horas não vem
porque a felicidade foge
porque a solidão insiste
em se aproximar de mim
Eu choro, porque
engulo a seco
quando penso que não consigo
encontrar a felicidade
aí as lágrimas insistem
em brotar em meus olhos
e rolar pelo meu rosto
eu choro porque
não consigo expressar meu temor
porque não consigo gritar essa dor
e as lágrimas insistem em brotar
em meus olhos
e rolar pela minha face
eu choro o riso calado
eu choro o choro contido
eu choro a mágoa enrustida
eu choro a noite vazia
eu choro o dia sem brilho
eu choro as ofensas ouvidas
eu choro o grito represado
eu choro o peito doído
choro porque o grito não sai
o riso não vem
a solidão chega
a vida angustia
as ofensas machucam
o destino não se encontra
com os sonhos que eu sonhei
eu choro
porque o choro
lava minha alma
e acalma o meu coração
eu choro
o choro contido
o riso perdido
a mágoa doída
eu choro um pranto sentido
um pranto vivido
um pranto de dor.

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