Às vezes as palavras engasgam
o choro para no canto dos olhos
o riso cessa
e o pranto entoa
uma canção melodiosa e triste.
Canção sofrida
que sai do fundo da alma
e, vem aos poucos,
com calma
e com medo de sair.
Às vezes, o espírito pede
serenidade e compreensão
mas, inconscientemente
uma grande explosão
de sentimentos diversos
dão vazão a um rio
de emoções.
O canto dos pássaros
já não é ouvido com a beleza de outrora
o som das borboletas,
borboleteando perto de ti
já não é mais o mesmo
e incomoda, o ruído das chamas
a visão do fogo
que queima a alma
que amedronta a calma
que existia dentro de ti.
às vezes, eu choro
imploro a acalanto em minha alma
que pede piedosamente
o carinho das palavras
que nunca mais ouvi.
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