domingo, 6 de maio de 2012
Aqui é o meu lugar
E no meio do concreto
eu me sinto bem
a visão poluída que embaça meus olhos
me faz viver
A fumaça malcheirosa
dos ônibus e automóveis
revigora meu ser
Meu nariz entope
meus olhos lacrimejam
mas minh'alma canta
No meio do concreto que me viu nascer
No meio da fumaça que me fez crescer
Teimo em dizer
quem sou daqui e não de outro lugar
Não quero voltar
Pois minh'alma aqui canta
Meus olhos aqui enxergam
a beleza que os outros não veem
meu nariz sente o perfume da fumaça
que outros ignoram
aqui é o meu lugar
no meio do concreto
onde minh'alma pode cantar
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