quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
No silêncio da noite vazia.
É no silêncio da noite vazia,desprovida de ruídos e luz
que me vem a inspiração.
Ouço apenas os latidos dos cães
ao longe um ou outro roncar de motor.
É no silêncio da noite vazia
que meus pensamentos começam a tomar forma.
As lembranças que me atormentam de dia,
na noite vazia parecem lavas furiosas de um vulcão.
Lembranças tristes, lembranças alegres,
lembranças doídas,às vezes sofridas de se lembrar.
Lembranças de breves momentos infelizes,
lembranças de muitos momentos alegres.
E é no silêncio da noite vazia
que essas lembranças me inspiram a escrever e deixá-las voar sob o papel, livremente.
Somente eu, em meu canto sonhando acordada.
Pensando os mais absurdos pensamentos,
porque é o momento em que eu me encontro
no silêncio da noite vazia.
A noite silenciosa me arrasta por vales e rios,por campos de flores.
Me arrasta também, por lugares de horrores.
Surgem em mim, todos os meus temores.
E os temores , no silêncio da noite vazia
se fazem presentes para que eu possa, um dia
vencer, um a um.
Deixando de lado, toda a covardia,que aparece de dia
e eu não tenho coragem, de encará-los nos olhos.
Será no silêncio de uma noite vazia,que tudo o que sinto
se apagará finalmente.
O passado, passará.
Viverei plenamente o presente,esperando um futuro
no qual, mentes doentes,se afastarão de seres humanos carentes.
O mal se afastará e o bem reinará.
No silêncio da noite vazia, fantasmas não mais aparecerão,
dores não mais existirão.
No silêncio da noite vazia,fecharei os meus olhos e finalmente,com meu coração tranquilo,dormirei aguardando o primeiro raio de sol,surgir em minha janela.
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